Como adaptar as salas de aula online utilizando as metodologias ativas

Sabemos que o uso de metodologias ativas é fundamental para você conseguir se conectar com o seu aluno e, principalmente, estabelecer um vínculo que trará uma maior humanização e fidelização em todo o processo de aprendizagem. No entanto, como será que podemos fazer isso?

Colocar os alunos como agentes de sua própria aprendizagem não é uma tarefa muito fácil, por isso utilizamos diversas metodologias. Mas no caso dos professores também devemos pensar em como prepará-los para se identificar e utilizar tais metodologias na sala de aula.

A formação pedagógica ou de uma disciplina específica nos dá conhecimento, mas é a prática que certifica a real mudança, e impacto, que o professor tem no processo de aprendizagem, e assimilação, do aluno.

Para isso é necessário se colocar no lugar do aluno, mas também entender seu papel de mediador. E atualmente, com as tecnologias e a facilidade de pesquisas e noções de diversos assuntos, muitos professores sentem que podem perder esse “poder” de passar conhecimento e novos conteúdos para o aluno.

A forma como o conteúdo é passado que pode despertar interesse ou desestimular o aluno. Como apresentado no texto anterior, sobre metodologias ativas, nós pudemos entender quais são os benefícios e como aplicá-las.

Entendemos que não há um “tipo” de aluno, ou uma regra geral, fixa, de como ensinar. Mas faz mais sentido para o aluno, e para o professor, se tal conhecimento estiver visível no dia a dia. E com a pandemia e a inclusão da modalidade EAD tivemos certa dificuldade em relacionar os conteúdos através de uma tela.

Para muitos, o ensino online foi uma experiência difícil que foi superada. Para outros, foi mais uma barreira e falta de apoio na educação brasileira, principalmente pública.

Não há como negar que a nova modalidade proposta para todo tipo de interação, durante a pandemia, pegou todos de surpresa. A maioria das escolas ainda tinha uma política de que tecnologias eram limitadas em sala de aula. Novos aplicativos, salas virtuais, ambientes de aprendizagem, foram incluídos de maneira repentina no cotidiano de estudantes e professores.

Em uma profissão como o magistério é necessário reciclagem constante dos conteúdos ensinados, e a forma de aplicar em sala de aula. E o isolamento social não veio com aviso prévio, nem com cursos preparatórios, por mais que tenha sido disponibilizado alguns gratuitos.

A facilidade do aluno entrar na sala de aula remota e não estar fisicamente ali, não aprender os conteúdos, ou até mesmo, não ter condições de ter um local silencioso, adequado para estudo, e com uma conexão que permitisse acompanhar a explanação da aula, foram pontos trazidos e debatidos nesse tempo.

Por conta disso, é fundamental que o professor sempre esteja atualizado para conseguir se adaptar a essa nova realidade virtual e, principalmente, consiga aplicar suas metodologias ativas em uma sala de aula online.

Gamificação: uma metodologia ativa e conectada com a educação. Como podemos aplicá-la?

De início, devemos destacar que o aluno e professor devem estar conectados ao propósito da escola, a saber, formar opiniões, desenvolver habilidades, ensinar conhecimentos, auxiliar na formação de profissionais.

A educação a distância deve se referir apenas ao ambiente que estamos afastados, por conta do isolamento social. Mas a evasão e desistência de aulas online ainda é muito alta, principalmente pelo tipo de contato que o aluno tem com o professor, colegas e atividades. Muitos ainda não estão preparados e se sentem sozinhos.

A gamificação vem justamente para incentivar o aluno a continuar os estudos, motivando e elevando sua confiança em seu respectivo processo de aprendizagem. Atua como um jogo, que faz com que o jogador fique dominado pela vontade de passar as fases, desvendar os mistérios e resolver problemas.

Na modalidade EAD, em teoria, fica mais fácil de utilizar a gamificação. E tem sido desenvolvido muito, até por alunos, diversos jogos educativos que contribuem para as aulas, além de incentivar a ludicidade.

Essa metodologia ativa desenvolve interatividade, dinamismo, trabalho conjunto, autonomia e responsabilidade do aluno. É preciso entender a necessidade de cada aluno e, por meio da colaboração, desenvolver atividades que gerem curiosidade, resolução de problemas, de forma individual, mas também que possa refletir e inspirar como um todo, aos que estão presentes na aula.

O professor pode claramente aplicar a gamificação em seu ambiente virtual de aprendizagem com a criação de jogos que conquistem a interação do aluno e faça ele se sentir à vontade para aprender cada vez mais.

Aprendizagem por Pares ou Peer Instruction:

Outra maneira que vem se desenvolvendo e ganhando espaço nas aulas online é a interação e debate entre os próprios alunos, a partir do conhecimento prévio do tema da aula. É sobre isso que se trata a aprendizagem por pares, seguindo o esquema acima.

Um dos benefícios dessa metodologia é despertar curiosidade e autonomia dos alunos, além de construir e desenvolver um pensamento que defenda alguns pontos importantes para o aluno, respeitando sempre a opinião do outro também. E propõe a substituição da aula expositiva pela participação dos estudantes de forma crítica sobre o conteúdo apresentado.

Além de ser gratificante para o professor, ver que o conteúdo está sendo assimilado pelos alunos, permitindo-o aprender com esses também.

Numa perspectiva de ensino remoto, em que geralmente só o professor fala e os alunos ficam de câmera e microfone desligados, é importante que os papéis pré-definidos pelo modelo tradicional, sejam revistos e reconsiderados. Uma vez que já se mostrou muito eficaz e importante a participação dos alunos, e a responsabilidade mútua dentro de sala de aula, com o professor, no processo de aprendizagem.

Os diversos ambientes virtuais promovem diversos grupos que se reúnem por interesses em comum. Mas em sala de aula o professor precisa ser imparcial, além de saber escutar as diversas opiniões deve conseguir conciliar e orientar os alunos. A estratégia dessa metodologia ativa é propagar diversos caminhos e estruturas para defender um conhecimento, é avaliar não o resultado final, mas acompanhar o caminho que o aluno escolheu percorrer, que mais fez sentido para ele.

Por conta disso, o professor pode ensinar o aluno a escolher o seu próprio caminho por meio do debate, sempre, claro, respeitando a ciência, bem como pode estabelecer um ambiente saudável para que as diversas opiniões sejam comentadas e refutadas por meio da pesquisa científica.

Agradecimento final aos professores e educadores.

A partir desses dois exemplos expostos, e como adaptá-los para o EAD, podemos pensar juntos também no quanto temos modernizado a estrutura das aulas, e acompanhado a sociedade, em constante adaptação e melhoria. Utilizando os recursos disponíveis a favor do aluno e professor, além de encorajar o desempenho e evolução do pensamento e senso crítico.

E mais, o quanto, ao pensar em futuro, conseguimos visualizar a escola como participante ativa nas mudanças.

No presente, felizmente, ou infelizmente, essa modalidade não será mais obrigatória, visto que estamos avançando nas vacinas. Mas é importante ressaltar o quanto os professores foram, mais uma vez, essenciais em tempos difíceis. Atrás de cada aula há uma preparação, dedicação, superação, apoio, estudo.

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